O alunos de 5ª a 8ª série da Escola Estadual Mariano Gomes ganharão uma ajudinha extra para enfrentarem os desafios da IX edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, que esse ano homenageia o artista plástico Candido Portinari. A escola gramense será uma das dezenas de instituições de ensino da Zona da Mata mineira atendidas por um projeto de extensão desenvolvido pelo Departamento de Matemática da Universidade Federal de Viçosa.
O projeto de extensão – forma que a universidade utiliza para estender à comunidade os benefícios alcançados com seu ensino e pesquisa – é coordenado pelo Departamento de Matemática da UFV e oferece orientação aos alunos das escolas da rede pública da região que se classificaram para a 2ª fase da OBMEP. Assim, estudantes do Curso de Matemática da UFV, sob orientação de seus professores, visitam as escolas que se inscreveram junto ao projeto para ajudarem a desenvolver as habilidades dos “atletas do raciocínio” dos níveis I (5ª e 6ª séries) e II (7ª e 8ª séries). Contudo, a Mariano Gomes pode se considerar privilegiada: excepcionalmente, graças a um pedido da diretoria, a escola será a única na qual os estudantes que competem no nível III (ensino médio) também receberão auxílio.
Cada escola contemplada pelo projeto terá à sua disposição ao menos um aluno da universidade viçosense, que oferecerá treinamento para os competidores que ainda estão brigando por medalha. Nas visitas semanais que terão início amanhã, 11 de setembro, os estudantes da UFV deverão dar treinos de pelo menos duas horas para os “atletas” de cada um dos níveis da competição. Para tanto, as escolas atendidas apenas devem patrocinar as passagens e o lanche de seus “treinadores”.
Assim, somando o apoio da Mariano Gomes com o conhecimento que os treinadores da UFV dividem com os competidores mirins, a intenção é conseguir multiplicar ainda mais a competitividade dos atletas gramenses, potencializando o que já vem crescendo a cada nova edição da OBMEP.
2 comentários:
Interessante, Filipe. Como é a situação do ensino na cidade, especialmente nesta escola? Carlos
Como a grande maioria das pequenas e interioranas cidades brasileiras, apesar de todo o esforço das mais diversas partes, a educação deveria ter mais atenção, tanto estatal como da comunidade de uma maneira geral. Já existe uma tendência "natural" da juventude de uma forma geral a tratar a escola com displicência, como uma mera obrigação a se cumprir para agradar aos familiares, seja no Grama ou em qualquer outro lugar. A ausência de incentivo e oportunidades - dentro e fora de sala de aula - acaba acentuando ainda mais essas dificuldades. Particularmente, o que me tem me agradado - e muito - é fato de que todas as iniciativas isoladas que vêm sendo tomadas pelas pessoas da comunidade com o intuito de incentivar os estudantes tem sido bem aceitas e recebidos com abertura pelos responsáveis pela Escola Estadual, até então o principal foco dessas ações isoladas, já que lida com jovens adolescentes, em fase de formação de suas personalidades.
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